sábado, 4 de agosto de 2012

Seção Dúvidas Metodológicas I


Seção Dúvidas Metodológicas I



Outro ponto importante sobre meu método é que ele ainda não está pronto. Quem viu meu post anterior vai duvidar e dizer que tenho algumas definições bem claras, com uma escancarada aposta, por exemplo, na diversificação.

Pois, pra inaugurar esta seção "dúvidas de método", vou tocar justamente neste assunto. Não tenho certeza sobre a alta diversificação ser um bom caminho. O que me pareceu vantajosa nela?

Todo mundo sabe. Pode servir como "colchão" para uma queda inesperada (e eu não gosto de correr certos riscos). Pense. por exemplo, que uma pessoa investiu em 2 de janeiro de 2012 uns 33% de seu dinheiro em um excelente ativo da época -  a ELPL4. Pode até ser que a mesma se recupere algum dia, inclusive invisto meus 2% nela, mas uma queda de 50%, como a que ocorreu desde então, assusta. Se irrecuperável, prejudica qualquer plano. Há outros exemplos de empresas bem cotadas que caíram assustadoramente, como aconteceu recentemente com famosas siderúrgicas (Usiminas, CSN etc.). As demais poucas escolhas terão que ser muito boas, pra compensar e dar algum lucro.

Claro que a pouca diversificação pode ser fonte de altos lucros também, pois basta o desempenho espetacular de uma ou duas empresas para que a rentabilidade média cresça bastante. Por isso, a alta diversificação bem feita é uma boa opção conservadora, já a baixa diversificação bem feita é uma ótima opção agressiva. Por óbvio, mais importante que escolher entre uma e outra é fazer tudo "bem feito".

Pois bem, é aí que entram os defensores da baixa diversificação. Segundo os mesmos, é mais fácil "fazer bem feito" com poucas empresas. Menos balanços para analisar; menos notícias pra acompanhar; mais eficiência no processo todo; entradas e saídas mais certeiras. Pra quem sabe, ótimo!

Há também, na baixa diversificação, uma vantagem fundamental para os pequenos "investidores", qual seja, o montante será menos consumido pelas taxas de corretagem. Para quem aplica até uns cem mil reais, isso é bastante relevante.

Por que decidi, então, pela alta diversificação? Antes de tudo, até agora tenho dúvidas. Mas vou falar sobre a escolha.

Bom, já dei algumas pistas em outros posts. Iniciei na Bolsa em 5 de julho e ganhei trinta dias de corretagem grátis, o que anulou, no mínimo, metade da desvantagem (na compra... ou "toda a desvantagem" se eu nunca vender esse "investimento"...).

Entretanto, o fundamental nem foi o que expliquei acima. É que acho que conseguirei acompanhar os balanços das trinta ou quarenta empresas sem precisar gastar muito tempo. Se isso for verdade, anulo o principal problema da diversificação. Vamos ver como me sairei. Pra falar a verdade, tenho mais medo de errar acerca da avaliação da conjuntura macroeconômica do que falhar na tarefa de "não apostar em tranqueira".

Também acredito que seria bem incompetente em fazer uma "baixa diversificação bem feita". Não quero correr o risco de ver uma grande queda em um ou dois ativos. Já se isso acontece no meu "colchão da alta diversificação", não há tantos problemas. Este mês, por exemplo, minha carteira valorizou 4%, mas tem dois ativos caindo mais que 8%. Tudo bem que nada garante que eu os teria escolhido se "só pudesse cinco ou oito", mas vai saber...

Outro ponto que acredito ser favorável a alta diversificação é que o número de bons ativos com preço baixo me parece ser razoavelmente suficiente para uma boa diversificação. Não sem motivo, já colhi e estou colhendo alguns frutos.

Também vale dizer que vou tentar driblar as taxas de corretagem fazendo alterações significativas na carteira apenas em períodos longos. Não havendo grande perda de rentabilidade, é mais um ponto favorável a alta diversificação. Explico melhor no próximo post da seção.

Apesar de eu estar mais para holder, bons trades para todos!

A.

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